lua em vermelho e
os dias em Calcutá
de esquinas e nãos
volto a beber areia
torna a teia em tez
o nada não tem fim
o tempo come tudo
água se faz em sais
o verde em ilusões
faíscas à beira mar
de fronteiras azuis
e pás de reversões
faz frio e há fumaça
e a nau deve zarpar
fazer o corpo em nós
se quero o teu lugar
de Djavan bebi o a
de Caetano o seu cê
Julinho nem cantou
vai roto um manual
caducas as sessões
e o tempo explodiu
vento veio por fins
longe se pois perto
e o cais se encostou
o medo é que o amor
tão e tanto ancorado
queira partir de mim
faz frio e há fumaça
e a nau deve zarpar
fazer o corpo em nós
se quero o teu lugar