pois as minhas quedas são dentro
não é que não vou; não vês
que quando anoiteço
é nas esquinas do peito
que eu tropeço cansado
e que mais amargo não há
que meu silêncio em pedaços
se me amarro? confesso
é nas curvas das minhas tripas
que eu escondo os descasos
e aposto que mais fundo não há
que os poços nos quais me atiro
diário me fiz casca grossa, verdade
o tempo só me inverteu as coisas
e para cada pétala… pau
porque mais ódio não há
que no andor do caminho
enquanto hora entristeço
hora me estrepo
hora disparo
aos faros eu caço
tão incansável
o que há de
bicho e
besta
aqui