nós pega o pexe, José
faz um pirão daqueles
de fazer rir as orelha
– era o que gostava o Coronel, pois.
que de nada gosto em lembrá
nós pega hoje é pra nós mesmo.
o dele fazia sempre em correção
nem bastava o pirão,
era preciso dizê o certo:
[nós pegamos o peixe, José]
mas eu num era boba nem nada
eu fazia em teimar no assunto torto
porque era uma diferença:
a língua dele, a língua nossa
nós não era igual.
não é. sem os juízos
mas ele passava o corretivo
em cada frase que nós falava
era como uma igreja
onde tinha o certo,
– os categórico, não?
era tudo uma função
de fazer os mandos
quanto mais esses, mais rico
– nunca vi isso
mas na terra é assim, até pela boca
a gente é tomado pelas mandanças.
Agente? Nada, muitas vezes é empedrado mesmo
e hoje vou resolvê que não quero mais
vai pescá o pexe, José.
nós faz a comida na volta
vou agora é prepará as panelasssss
e vou por esses
porque quero a barriga
feito patrão
hoje o Coronel não come
hoje é dia de inversão
e hoje vai se encontrar cartilha
onde meu penso, peso, força
tem também vez