cerrado

cerrado
terra
em milagre,
desenganada.

hoje,
assentado
em mim,
conheço o cerrado
do impossível.

na picada
rachada
a gritos –
verdades
retorcidas
em galhos
hirtos, mato.

um campo
sem sombras
esconderijos?

tudo
é sem parada:
revoada
florada
corredeira
pó.

o cerrado é
enquanto
recolho
pedras.

peças
no pra-sempre
desses todos
quebra-cabeças

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s